A moda sempre sem foi uma extensão da arte. E Ronaldo Fraga poeticamente apresentou isso nessa 45º edição do SPFW.
O pano de fundo para esse desfile foi a tragédia de Mariana ocorrida em 2015. Pelo rompimento da barragem da SAMARCO. O desastre ambiental deixou 19 mortos, dezenas de espécies de animais dizimados e 34 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério espalhados por cidades a margens do Rio Doce, que corta os estados de Espírito Santo e Minas Gerais.
Na passarela o barro toma toda sua extensão . E para dar inicio ao desfile a jornalista e atriz Marília Gabriela vem simbolizando a Dor.
Na passarela, o barro toma toda a extensão. Surgem peças com fotos, pedaços, cartas, lembranças do que foi levado pela lama. Os tons terrosos da lama dominou. O verde veio como um suspiro pelo o que aconteceu, como uma esperança.
Em outro momento Ronaldo trouxe fotografias da própria família. Talvez uma reflexão sobre o passado.
Ele trabalhou com mulheres da comunidade de Barra Longa, uma das atingidas pela lama, que já bordavam panos de prato. Em parceria com a Fundação Renova as capacitou a também fazer roupas com seu artesanato e encontrar outro meio de subsistência.
Fotos : @alexrosafotography
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