Ainda estou buscando palavras para escrever sobre esse filme. Para começar eu não o chamaria de o “Milagre de fé”, mas sim os milagres de fé. O filme começa nos situando de todo um contexto em que vive John. Uma cidade pequena, unida, religiosa , onde todos se conhecem.
SINOPSE:
John Smith, um menino de 14 anos, passeava com a família em uma manhã de inverno no Lago St Louis, no Missouri, quando, acidentalmente, sofreu uma queda e se afogou. Chegando ao hospital, John foi considerado morto por mais de 60 minutos até que sua mãe, Joyce Smith, juntou todas as suas forças e pediu a Deus para que seu filho sobrevivesse. Sua prece poderosa foi responsável por um milagre inédito.
CRÍTICA – SUPERAÇÃO. O MILAGRE DE FÉ
John, um adolescente com suas questões pessoais que vão além das que a idade já traz, se mostra rebelde, imaturo e um tanto insatisfeito com a vida que tem. O filme baseado em fatos reais é ambientado nos dias antes e depois do acidente, em 2015.
O garoto de 14 anos, se afoga num lago congelado enquanto brinca com seus amigos e é resgatado por uma equipe de bombeiros e policiais; quando levado ao hospital, depois de muito esforço de toda equipe médica é considerado morto. Mas é graças a fé de sua mãe, o milagre se inicia.
Me chamou muito atenção, e inclusive me deu agonia (acredito que era a intenção do roteiro) ver todo o processo de salvamento do garoto.
Tudo levou tempo, mobilizou pessoas, e foi demonstrado detalhadamente. Não simplesmente cortaram a cena mostrando-o no hospital, como vemos nos filmes. Fizeram questão de mostrar o rosto de todos os atores presentes ali, mesmo que figurantes, tiveram uma preocupação em serem minuciosos e nos comover com toda a situação, tornando tudo mais real, mesmo sentada na sala de cinema.
A emoção do filme se torna crescente a partir daí.
Uma humanidade por parte dos médicos em deixarem que a mãe se despeça do filho e a própria emoção de uma mãe diante seu filho morto, sem entender o que estava acontecendo, sem acreditar que seu tão amado filho, que ontem era uma criança, não estava mais ali. Lágrimas! Era só o que eu tinha no momento. Eu precisei respirar fundo, porque eu já estava sem ar, sufocada.
Quando o primeiro milagre aconteceu, senti um alívio, como se fosse comigo. Mas infelizmente esse alívio é passageiro. A partir dali, todos começam a enfrentar as mais diversas situações. John estava vivo, mas talvez por pouco tempo, precisava de um novo milagre. Todos os envolvidos começam a viver transformações, boas e ruins, evoluir como pessoas, reconhecer o valor de cada um. Claro, que nem tudo acontece de uma vez, é uma evolução, principalmente de reconhecer o erro, e aceitar o outro como ele é.
Eu senti que o filme fala muito mais sobre a fé de uma mãe e a importância das outras pessoas na nossa vida, do que especialmente o que acontecia com John.
Confesso que da metade do filme para o final, eu só chorei. Daqueles choros sentidos…e se quer saber? Estou chorando aqui agora, enquanto escrevo. Porque não é um filme apenas sobre um milagre, é sobre a valorização de tudo que temos. Nos faz pensar que somos o “aqui e o agora”, somos cercados de pessoas que podem nos ajudar quando precisarmos, é só saber pedir. Se a fé move montanhas, imagina a fé de várias pessoas para um mesmo propósito? Não falo apenas na fé religiosa não, mas na fé de acreditar!
(E vou te contar amiga, quando o outro milagre acontece, até quem não tem fé, começa a acreditar…é aquele ver para crer, sabe?)
E quando a gente acha que o filme acabou…vem ARREBATADORA cena na Igreja!!! Essa migs, me fez chorar alto, que nem criança sabe?…siiiim, passei vergonha no cinema… mas não tem como ser diferente! Essa é aquela cena que todos os envolvidos no filme assinam pra valer o atestado de competência! Não foi apenas o John que renasceu, mas uma cidade inteira.
Emocionante! Sensível! Surpreendente!
Termino por aqui minha crítica, com a sensação de que há muito mais o que se falar, ou se pensar. Mas admito que me faltam palavras para expressar o que senti assistindo esse filme. Vá, assista-o, sem preconceitos, sem julgamentos, sem máscaras. Só como você mesmo, que com certeza você será tocado por algo muito maior do que a religião ou fé, algo que só você vai descobrir.
Crítica por Bianca Zanol
Ficha Técnica
Título original: Breakthrough
Nacionalidade: EUA
Ano de produção: 2019
Lançamento: 11 de abril de 2019
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Estúdios: Fox 2000 Pictures, Twentieth Century Fox
Direção: Roxann Dawson
Elenco: Chrissy Metz / Josh Lucas / Marcel Ruiz / Mike Colter / Topher Grace / Ali Skovbye / Dennis Haysbert / Isaac Kragten / Lisa Anne Durupt / Nancy Sorel / Rebecca Staab / Sam Trammell / Taylor Mosby / Victor Zinck Jr.
Obrigada pelo seu comentário! :-)