A vida invisível. Parece o título de uma história sobre solidão? Há mais do que isso nessa obra espetacular de quem gosta de refletir sobre como é ser uma mulher em um mundo que oprime sonhos.
Crítica A Vida Invisível
Guida (Julia Stockler) e Euridice (Carol Duarte) protagonizam o enredo que narra a separação de duas irmãs que se gostam de verdade pois são as melhores amigas uma da outra. Mantidas separadas por uma terrível mentira, o tempo passa enquanto cursam suas respectivas caminhadas pela agitada capital brasileira a época, Rio de Janeiro, acreditando estarem continentalmente distantes uma da outra.
Se você tem medo de vivenciar à flor da pele, a angústia pela espera de um reencontro, esse filme não é para você. É exatamente a sensação de que se deve estar preparado para sentir neste filme dirigido por Karim Aïnouz.
Ao mesmo tempo, é uma delícia ver Rio de Janeiro no auge de sua bohemia, se sentir bem ambientado na década de 50 e perceber como os ares da cidade eram bem diferentes. Tal qual as personagens, a cidade era uma mistura deliciosa de inocência e diversão.
A fotografia da obra traz o desafio de produzir o filme passando a sensação de uma história de época, o desafio foi razoavelmente bem alcançado. A cidade ainda contém muitos locais que guardam as características daquele tempo, a direção de arte, inclusive, dá uma boa mão nesse sentido.
Carol Duarte e Julia Stockler não deixam nada a desejar em cada um de seus papéis desafiadores, os quais são muito bem protagonizados, mas é impossível não comentar a participação especial de Fernanda Montenegro em “A vida invisível”. Sua presença é bem circunscrita – e na medida certa – a um momento específico da história, mas sem dúvida nenhuma, outra artista não faria esse papel com tanta maestria. Olhos umedecidos? Ao menos em uma cena junto com a personagem dessa atriz fenomenal, esteja pronto para isso também.
Ficha Técnica
Distribuidora: Sony Pictures, Vitrine Filmes
Direção: Karim Aïnouz
Genero: Drama, romance.
Nacionalidades: Brasil, Alemanha.
Classificação: 16 anos
Instagram do autor da crítica: @obreno.b
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