1917 não é o primeiro longa-metragem a ser filmado como se fosse um único plano-sequência. O filme Birdman (também levou o Oscars), do mexicano Alejandro G. Iñárritu usou a mesma técnica utilizada por San Mendes.
A linguagem escolhida pelo diretor Sam Mendes (Beleza Americana, 007 – Operação Skyfall), portanto, não é exatamente uma inovação. Para alguns e para mim, pode parecer uma demonstração desnecessária do cineasta, uma forma de ostentar a habilidade técnica sua e da equipe ao optar pela forma “mais difícil” de contar essa história, um plano sequencia interminável, com cortes quase que imperceptíveis.
A história é de Dois jovens soldados britânicos recebem ordens aparentemente impossíveis de cumprir, de levar uma mensagem ao outro lado das linhas inimigas, afim de, salvar mais de 1600 soldados, inclusive o irmão de um deles. O filme se passa durante a Primeira Guerra Mundial.
O que eu não gostei muito foi da falta de profundidade dos personagens. O filme termina como começou. Sem sabermos muito pouco sobre cada um. Ficou como se a história fosse apenas um pano de fundo para mostrar as habilidades técnicas da equipe.
Como em uma das cenas impressionantes, como a queda de um avião que vai se aproximando do espectador que antecede um ponto de virada na história que me faz questionar os motivos de tantas das guerras. Quando um soldado se vê em frente ao soldado “inimigo”, ele nota que é um cara como ele que sonha em voltar para casa, e que mata, pois, tem medo do mesmo ter a mesma atitude. Ou eu ou ele. Então, eu pergunto? Não teria outro caminho?
1917 está indicado em 10 categorias no Oscar 2020. E conta a distribuição da Universal e DreamWorks, o longa conta ainda com participações de Mark Strong, Andrew Scott, Richard Madden, Claire Duburcq, Colin Firth e Benedict Cumberbatch. O filme “1917” chega aos cinemas brasileiros em 23 de janeiro.
Um pouco do making off de 1917.
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