E Oscar de melhor atriz vai para….. Renée Zellweger!!! E se não ganhar será uma injustiça a meu ver! Judy é um filme autobiográfico da artista que foi, por muitos, considerada uma das melhores vozes e atriz da época do glamour de Hollywood, Judy Garland.
O longa-metragem apresenta o drama de uma estrela em decadência. A parte real de quem não se preocupa com dinheiro, e acredita que o auge é eterno. Como muitos casos até aqui no Brasil.
No filme, não nos relacionamos apenas com uma grande cantora e atriz que pisa grandes palcos, que tem sempre os ouvidos cheios de aplausos e cuja vista apenas alcança o flash dos paparazzi. Na realidade, vemos uma mulher cansada, com o espírito magoado e assombrada por fantasmas e memórias do passado. Alguém que só quer ser mãe, ser amada e sair dos palcos. Neste filme, não vemos a Judy Garland. Vemos simplesmente Judy, um ser humano que está a tentar sobreviver e sarar suas feridas e traumas da infância roubada pela fama.
Renée Zellweger, sensibiliza e emociona. E não posso deixar de comparar que o filme fala também sobre o retorno de Judy aos palcos para sobrevivier financeiramente e Reneé também retorna a Hollywood após 15 anos de seu último sucesso.
Com o excelente trabalho da caracterização, parece que temos a própria Judy a atuar no seu próprio trabalho autobiográfico. Desde a voz, à representação e à aparência, entre expressões, forma de andar, absolutamente tudo. Por um segundo duvidamos que aquela não seja a verdadeira artista americana. Ela foi simplesmente perfeita.
Os outros atores que fazem parte do filme são: os filhos da cantora, Liza Minelli (Gemma-Leah Devereux), Lorna Luft (Bella Ramsey) e Joey Luft (Lewin Lloyd), e ainda um dos seus ex-maridos Sid Luft (Rufus Sewell), Judy foca-se no romance da protagonista com o seu último marido, Mickey Deans (Finn Wittrock). É ainda retrada a relação de amizade da mulher com a sua assistente, Rosalyn Wilder (Jessie Buckley), que a acompanhou e apoiou até ao fim.
É notória a crítica a Hollywood dos anos 40, 50 e 60, através de flashbacks da personagem principal aos seus tempos de adolescência. Neles, conseguimos perceber o quanto a cantora era pressionada e explorada. Judy Garland trabalhava durante muitas horas seguidas, tinha uma dieta restrita e controlada além do consumo de “remédios” para acordar, para dormir e para dar animo.
Judy é um ótimo filme, com uma narrativa emocional sobre uma mulher totalmente fragilizada, que apenas quer o melhor para os que ama e que faz o que for preciso por eles. Não é o filme da Judy Garland, mas sim da Judy, simplesmente.
Obrigada pelo seu comentário! :-)