Pra mim, esse filme, Os Órfãos, é um filme de terror que explorou bastante a questão da fragilidade psicológica.
Kate, uma professora, interpretada por Mackenzie Davis, foi trabalhar em uma luxuosa e velha mansão como governanta de Flora, interpretada por Brooklynn Prince de 7 anos e Miles (o Finn Wolfhard de Stranger Things), um adolescente problemático de 15 anos de idade. Ambos tem traumas pela morte de seus pais.
A governanta que trabalhava antes de Kate, Sra. Jessel (Denna Thomsen), fugiu sob circunstâncias misteriosas. Mas além de lidar com mistérios de pessoas que se foram, ela também tem que segurar a onda com fenômenos tenebrosos que vão acontecendo dentro da casa.
Como se não bastasse todo esse setting, Miles é um garoto super mimado que fica testando Kate durante o filme do início ao fim. E tem também uma espécie de empregada doméstica na casa, a senhora Grose (Barbara Marten), uma figura fantasmagórica que parece ter uns 200 anos de idade.
Dito isso, é interessante como as figuras “no comando” da casa se antagonizam. Kate e Grose são bem diferentes, tanto em personalidade quanto em intenções. Mas tem ao mesmo tempo algo em comum, a loucura se coloca consumindo-as, cada uma ao seu modo.
A fotografia do filme é fantástica e o figurino acompanha o estilo. As cenas são bem sincronizadas entre estética e enredo. Os Órfãos é um filme cheio de detalhes sutis para se observar.
Sobre a fragilidade que eu comentei no início desse texto, acho que foi isso que me intrigou mais. Não posso entrar em mais detalhes porque sei que detestariam spoilers, mas achei que esse detalhe foi provocante até demais.
Mas o que a gente faz aqui em vida que não se pode ficar intrigado, não é mesmo? Viva as vivências da sétima arte que nos faz refletir!
Obrigada pelo seu comentário! :-)