Antes de começar a dizer o que achei sobre o filme, O 3º Andar: o terror da rua Malasaña, seguem algumas considerações sobre ter voltado ao cinema pela primeira vez depois desses mais de 6 meses de salas fechadas.
A preocupação com a pandemia ainda é uma questão séria. Antes de começar o filme eu vi pelo menos dois curtas. Um explicando que a empresa exibidora está voltando a abrir as portas levando em consideração novas regras sanitárias para que as salas possam ser usadas nesse cenário pandêmico.
Além dos funcionários terem recebido treinamento especial para o zelo do espaço, a animação de boas-vindas antes do filme veio atualizada com procedimentos de distanciamento e higiene.
A sala estava razoavelmente vazia, e na hora de comprar os ingressos, o sistema já organizava automaticamente as distâncias que as pessoas deveriam ficar nas cadeiras.
Agora vamos lá. “O 3º andar” da rua Malasaña! É um filme espanhol do diretor Albert Pintó. Não sei o que vocês sabem sobre lendas urbanas de Madrid, mas eu não conhecia nenhuma.
Imagino que se alguém fizesse uma longa brasileiro com essa mistura de contos locais de terror, talvez eu tivesse gostado mais. Imaginem, um filme com a loira do banheiro, a noiva pedindo carona pro cemitério e o capetão do baile funk?
Sei que é um filme que reúne varias referencias de histórias reais de terror de Madri. Entre assassinatos, suicídios e outros contos arrepiantes, o diretor conta o que inspirou a história neste artigo: The Spanish horror film that promises “two scares per minute” is inspired by “true stories”
“O 3º Andar” começa com uma família se mudando para um velho prédio da rua Malasaña em Madri na década de 70. Na esperança de começarem uma vida nova na cidade grande, todos ali tem seus sonhos e segredos em particular. Um casal com seus 3 filhos e o avô das crianças, que já não ia muito bem da cabeça.
Mal sabiam eles que o baixo preço que estavam pagando pelo AP escondia uma história arrepiante de uma senhora que morava no apartamento do lado. O filme dá a entender que ninguém permanecia naquele lugar.
Não há muito o que dizer na verdade, o filme não é muito original e já pode imaginar que vai rolar uma perseguição e fantasmagórica com essa família, deixando todos lá de cabelo em pé a ponto de se arrependerem de terem se mudado.
Apesar de ter essa falta de originalidade, as cenas que exploram o medo foram bem feitas, e eu que não sou muito de me assustar, dei umas boas arrepiadas.
Particularmente não me agrada em nada ver planos de ação que desafiam as leis da física, e o filme tem disso.
Exemplo: o garoto olha pra um canto e fica claro que algo vai aparecer lá, mas num estilo meio pegadinha-do-malandro, é a mãe dele que aparece no lugar do que era pra ser o fantasma.
O que mais me assustou nesse momento foi imaginar que a mãe do menino se movimenta na velocidade da luz sem fazer vento nem barulho!
Com isso, termino minha crítica. É um filme pra dar arrepios, mas esquece de boa narrativa. Vá lá pra levar um bom susto e se contente com isso.
Veja o trailer O 3º Andar – Terror na Rua Malasana:
Obrigada pelo seu comentário! :-)