A São Paulo Fashion Week completou 25 anos e para comemorar em grande estilo, esta edição, que aconteceu entre os dias 4 e 8 de novembro, contou com a participação de 36 marcas, sendo dessas 6 estreantes no maior evento da América Latina e em um formato 100% digital!
“O momento exige criatividade. Ver o mundo com outros olhos é essencial para enxergar outras realidades e desbravar novos territórios. Em um mundo cada vez mais acelerado e volátil, as escolhas que fazemos e as direções que seguimos terão enormes impactos em nossas vidas e no mundo.” Paulo Borges, Diretor Criativo do SPFW
As novidades não pararam por aí, esta também foi uma edição inclusiva, onde as marcas tiveram que ter no mínimo 50% do seus castings compostos por negros, afrodescendentes, indígenas e/ou asiáticos já a partir dessa temporada.
A decisão veio de um alinhamento entre a organização do evento com o grupo de modelos e profissionais @pretosnamodabr.
“A partir de conversas iniciadas nas redes sociais e diante os casos de racismo que vimos nos últimos meses percebi que tínhamos a responsabilidade de contribuir para a mudança de um comportamento. Há anos o SPFW dá às marcas a recomendação da inclusão em seus desfiles, mas vimos que era a hora de estabelecer a diversidade como regra. Estamos falando de futuro, em um momento em que precisamos realizar as mudanças que queremos ver acontecer” , explica Paulo Borges.
O centro histórico da cidade de São Paulo ganhou apresentação mapeada em edifícios e monumentos com luzes e projeções, dirigida pelo artista visual Alexis Anastasiou.
O diretor e documentarista Richard Luiz realizou uma exposição digital com uma curadoria de projeções dos conteúdos e imagens de momentos históricos dos 25 anos da SPFW.
O fotógrafo e artista plástico, Felipe Morozini, ficou responsável pela arte urbana por meio de instalações e colagens de fotos do acervo da Agência Fotosite de momentos históricos desses 25 anos de passarela do SPFW em murais espalhados pela cidade.
Segundo Paulo Borges,“o SPFW sempre foi pensado como uma plataforma de criatividade a longo prazo. Desde o início eu entendia e falava em entrevistas que precisaríamos fazer uma transformação de hábitos, de conhecimento e de costumes com o passar dos anos. O SPFW sempre teve essa diretriz de adaptação aos tempos” .
As marcas participantes tiveram a liberdade de apresentarem as suas coleções com projetos audiovisuais próprios expressando a sua visão criativa frente a esta nova estrutura e momento atual.
A estilista carioca da Lenny Niemeyerum contou que a mudança foi um grande desafio e exigiu muita criatividade para que a mesma emoção da experiência física fosse transmitida virtualmente.
Paulo Borges comentou a decisão e disse que “O modelo do SPFW é como uma casa, em nossa história construímos as salas de desfiles, o espaço de imprensa e locais de exposição, uma infraestrutura que ajuda a impulsionar os diversos negócios dentro do mercado da moda. Para esta temporada, sabíamos que não poderíamos aglomerar pessoas, portanto, chegamos à este formato”.
Acompanhe aqui os melhores momentos dos 25 anos da SPFW:
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