A primeira impressão que tive, refletindo sobre o filme, Enquanto Estivermos Juntos, foi que esse é um filme diferente por ter aquela clássica história certinha demais, do rapaz apaixonado que luta desesperadamente por sua amada. Quanto tempo você não vê um mamão-com-açúcar desse?
Há uma explicação de porque “Enquanto Estivermos Juntos” é assim, é um filme Gospel. Porém, não deixe de assistir por preconceito. Não se deve ter preconceito sob qualquer justificativa, nem por coisa gospel, nem por coisa não-gospel.
Jeremy, acaba de chegar na cidade da faculdade em que vai estudar. Lá ele conhece uma garota, se apaixonando à primeira vista. Não demora muito e, mesmo tendo seu amigo também apaixonado por ela nessa trama, Melissa acaba se apaixonando por Jeremy através da música. De repente, descobrem que Melissa tem câncer e os dois se veem obrigado a enfrentar essa barra.
É um filme baseado em fatos reais. Jeremy Camp de fato existe e é um famoso cantor de rock gospel (sua página jeremycamp.com). Isso é tudo que você precisa saber pra entender porque esse filme é tão cheio de referências cristãs e porque exalta tanto a personagem.
Vejo prós e contras nesse filme. Honestamente, vejo mais contras porque é uma história extremamente romantizada, e não sei se dá pra digerir uma narrativa com esse excesso de doçura e sofrimento. É uma volta ao século XVIII no ápice das histórias com donzelas frágeis intocáveis.
Uma das primeiras cenas do filme se passa assim:
O rapaz chega na faculdade e vê um cartaz de show de boas-vindas aos calouros. Ao invés de anotar num papel a data e local, ele arranca o cartaz e oliva no bolso.
O que isso diz sobre a personagem? Ou sobre o resto da história? Porque alguém ia querer tirar um recado de um mural público? Tem também uma cena na biblioteca em que eles estão curtindo um tempo juntos cantando e fazendo performances de dança por cima das prateleiras dos livros, mas a biblioteca parece não ter uma balconista pra sequer pedir silêncio.
Um outro ponto do filme me chamou bastante atenção, mas aqui, já é um convite à reflexão do leitor religioso.
Jeremy acaba de se apaixonar por Melissa. Melissa já era a paixão do músico Jean-luc. Jean-luc meio que chamou Jeremy de brother e até cede o palco dele pra Jeremy tocar. Jeremy, mesmo sabendo que seu amigo está apaixonado pela loirinha linda, “fura-os-zói” do amigo, e ainda diz pra Melissa não se sentir mal com isso porque “pode ser que Deus queira que eles fiquem juntos e não fugirem dessa oportunidade”.
Te pergunto, leitor. Imagina se Jean-luc decide que o que Deus quer é que lute por Melissa a qualquer custo, e não deixasse ninguém roubar o que Deus teria “colocado em seu caminho“?
Acho um grande engano criar qualquer história, ainda que na vida real, colocando decisões/vontades próprias como sendo deliberações divinas. Então, se vale um conselho desse bom amigo que te escreve agora, cuidado com isso.
Mas pronto… destilei a parte da frustração, agora vamos o que achei bacana,
O filme Enquanto Estivermos Juntos tem três atos: a conquista, provação e a redenção. É bacana ver toda essa peleja do Jeremy com Melissa no árduo caminho de enfrentamento do câncer. Nos permite pensar o quanto que a gente seria capaz de se dedicar a alguém. Nos faz pensar em o que é ter uma vida egoísta também porque demanda muita dedicação de quem está do seu lado. Certamente é uma entrega bem difícil de se fazer.
Veja logo a seguir o trailer e veja se topa assistir “Enquanto Estivermos Juntos”:
Elenco:
K.J. Apa. Personagem : Jeremy Camp.
Britt Robertson. Personagem : Melissa Henning.
Nathan Parsons. Personagem : Jean-Luc La Joie.
Abigail F. Cowen. Personagem : Adrienne Camp.
Obrigada pelo seu comentário! :-)