Veganismo! Você sabe o que é?
Segundo definição da Vegan Society, o conceito de veganismo é um modo de viver que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra os animais.
Seja na alimentação, no vestuário ou em outras esferas do consumo. Portanto, é uma escolha de estilo de vida, não é apenas opção alimentar!
Nesse início de ano temos o Veganuary, uma campanha global que incentiva a jornada vegana no mês de janeiro! Que tal aderir a essa campanha? Pesquise sobre essa tag nas mídias sociais e sites de buscas na internet, tenho certeza de que achará muita dica interessante!
Cada um inicia o veganismo com um propósito específico. O que toca o meu coração é a necessidade de ampliar o respeito e a compaixão por todas as formas de vida. Ou seja, busco uma rotina de vida que não mantenha o especismo! Muitos também aderem ao veganismo por motivos de saúde e meio ambiente.
Dicas para iniciar uma jornada vegana:
1) Assista vídeos no Youtube
Alguns canais que indico são: Fábio Chaves, Momento Veg, Vegflix;
2) Assista a documentários
Algumas sugestões: Cowspiracy, Forks over knives, What’s the health, Dieta dos Gladiadores, Okja, Terráqueos, Dominion, Solo Fértil;
3) Não tenha medo de testar receitas
Nos redescobrimos nesse novo hábito de ampliar a percepção do que ingerimos, divirta-se! No Youtube, o canal da Mussinha e do Vegetarirango salvam com criatividade e praticidade na hora de cozinhar!
4) Se organize antes de ir às compras
Faça lista de compras antes de ir ao mercado, frequente mais estabelecimentos que vendem a granel;
5) Compreenda que o processo de transição não deve ser de cobrança, mas de aceitação!
Caso “escorregue” não entenda como derrota, mas volte o mais rápido possível ao caminho que se propôs, lembrando do esforço que é capaz de fazer e que ele é mínimo quando conscientizamos o quanto é difícil e brutal a vida de animais destinados ao consumo e exploração.
6) Agregue leveza a opção de se permitir o veganismo!
Procure um profissional para auxiliar na análise alimentar, isso é sempre importante, seja para veganos ou não! Pois a educação alimentar é essencial nesse universo de tentações e alimentos industrializados que nos cerca!
E, por favor, não inicie o veganismo pensando no que irá tirar ou perder, mas no que irá ganhar e colocar na rotina vegana! Busque novos alimentos e sabores para acrescentar na rotina.
Dica extra:
Como todo início de mudança de hábitos é desafiador, deixo mais uma dica: se possível, quando sair leve na bolsa uma fruta, uma barrinha de cereais, castanhas, um lanche. Assim, a fome não vai falar mais alto em locais que ainda tenha dificuldade de encontrar, de forma rápida, opções veganas que te agradem.
Outra dica legal que não posso deixar de mencionar é o desafio dos 21 dias sem carne! Você conhece? É um desafio vegano gratuito! Todos os dias chega para você um e-mail com receitas, dicas e informações! Basta se inscrever no www. desafio21diassemcarne.com.br
Por fim, te convido a praticar em janeiro, por ser uma ótima forma de se permitir algo novo, se reinventar, neste ano que acaba de começar!
Outra campanha interessantíssima é a segunda sem carne, uma campanha mundial que te incentiva a repensar seu consumo de carne!
Nós podemos, com nossas ações diárias, fazer um mundo melhor para os animais. Comece hoje escolhendo tirá-los do prato, das suas vestimentas, o sofrimento animal dos cosméticos, respeitar os animais, o planeta, todos os seres. Isso é o que move o veganismo!
Não é apenas uma questão alimentar, mas uma proposta de ampliar a compaixão e o respeito. Portanto, também gostaria de sugerir que não frequente espetáculos com animais, parques que explorem animais, zoológicos; não tenha pássaros presos em gaiolas ou peixes confinados em aquários. Porque os animais são vidas com propósitos e dignidade próprios; não são objetos.
Como iniciei minha jornada no veganismo
Eu não nasci vegana! Cresci numa família que come animais. Porém, na adolescência eu comecei a criar uma pequena consciência do que era a carne. Então não percebia na mesa comidas apetitosas, mas pedaços de corpos de seres que, certamente, sofreram muito, no mínimo pânico e medo na hora de morrer.
Esse pensamento me aproximou de forma empática dos animais. Como seria a adrenalina no corredor da morte, o cheiro do matadouro, os sons, a não opção de viver. Por isso, comecei a querer não comer carne, o que foi um relevante problema familiar!
Obediente aos meus pais e compreendendo que, na expressão de amor deles, acreditavam na necessidade da ingestão de carne para uma boa saúde, apenas tive a opção de diminuir a quantidade de carne na minha alimentação.
Aos 19 anos, morando fora da casa dos meus pais, após passar por uma situação muito traumática em relação à saúde da minha cachorrinha Mel, coloquei em prática o desejo de me tornar vegetariana! Fiz uma promessa de que honraria a saúde dela poupando as vidas que eu colocava no meu prato.
Assim, de forma simples, mística, ignorante para muitos, mas na época lógica e verdadeira para a Cris de 19 anos, eu cortei a carne, todos os tipos de carne, do dia para a noite do meu prato. A Mel me transformou e ampliou minha consciência.
Na época eu não percebia, porém hoje seria a reflexão: Por que amo cães e mato porcos, vaca, bois, frangos?
De vegetariana a vegana
Entretanto, nos passos que eu conseguia dar, mantive o hábito cego e prazeroso dos laticínios. Eu tinha algum conhecimento da crueldade da indústria leiteira, mas não aprofundei pesquisas. Comia queijo e continuei contribuindo para a morte da vaca e do bezerro.
Após tentar parar algumas vezes e ter falhado, apenas com 29 anos eu cortei o leite animal e derivados, me tornei vegana.
Nesse processo entre o período que fui vegetariana até me tornar vegana, passei a aderir hábitos de não usar itens feitos de produtos animais, cosméticos, perfumes… Fiz meu universo não alimentar, minha rotina social vegana.
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Eu sempre tive uma meta pessoal de não entrar os 30 anos sem ser vegana! Isso porque não queria mais iniciar uma nova década de vida sendo incoerente com minha consciência e cedendo aos prazeres à custa do sofrimento e morte de animais.
Eu amava queijo, leite, manteiga, porém com o tempo o meu paladar alterou bastante e hoje amo todas as opções vegetais que substituem com muito mais qualidade e sem sofrimento esses “produtos de origem animal”.
Ao me tornar vegana, percebi uma melhora nas minhas alergias, nas crises de sinusite, diminuição da ansiedade, da vontade de comer doces. Além disso, meu intestino regulou, minha energia dobrou! Meu corpo mudou para melhor!
Também me senti mais forte emocionalmente e mais fiel a minha consciência ao colocar em ação o respeito que sentia necessidade de ter por todos os seres vivos (o respeito que eu queria para mim!).
Entendi que há preconceito entre espécies, o especismo, e que eu havia praticado muito quando subjugava animais. Eu não quero me alimentar de corpos mortos, feridos, esquartejados, eu não quero explorar animais como objetos.
Enfim, essa foi minha trajetória para o veganismo, com acolhimento e aceitação de cada escolha e reflexão que consegui ter durante o período de transição.
Onde encontrar comida vegana em BH
Atualmente muitos restaurantes já estão adaptados a pratos saborosos e criativos veganos, encontramos várias opções até mesmo em pedidos de comida por aplicativos! Vegano come uma diversidade de alimentos, arroz, feijão, salada, batata, mandioca, pipoca, paçoca, geleias, pasta de amendoim, pães, sempre encontramos uma opção.Como moro atualmente em Belo Horizonte, deixo algumas sugestões de estabelecimentos veganos na cidade. Alguns são físicos, mas todos têm páginas no Instagram e a maioria delivery em aplicativos:
- Paraíso Veg
- Nem Peixe
- Só Veg – Chocolates Veganos
- Chocolate Lab
- Camaradería Gastrobar
- Lanchonete Vegana
- Vegan Sisters
- Venne Vegan Restaurante
- La Chicas Vegan
- Vegans
- Vegan Club
Sobre beleza e qualidade de vida deixo a dica do Instagram da @franrodriguesbeuaty, @alana_rox, @Carolvidavegan e @larissamaluf. Para consciência ecológica e informações nutricionais, indico o Instagram da @aleluglio.
Tudo é constante mudança e pequenos passos nos conduzem ao que buscamos como propósito e consciência de vida. Se permita, se conheça, não se compare e quando se sentir preparado, por favor, considere o veganismo!
Cris Dornelles
Advogada animalista/vegana/ativista/defensoradosanimais
- Dicas para iniciar uma jornada vegana:
- 1) Assista vídeos no Youtube
- 2) Assista a documentários
- 3) Não tenha medo de testar receitas
- 4) Se organize antes de ir às compras
- 5) Compreenda que o processo de transição não deve ser de cobrança, mas de aceitação!
- 6) Agregue leveza a opção de se permitir o veganismo!
- Dica extra:
- Como iniciei minha jornada no veganismo
- De vegetariana a vegana
- Leia também:
- Onde encontrar comida vegana em BH
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