Ontem participei da coletiva de impressa da série “Filhas de Eva”, Com muita simpatia Renata Sorrah, Vanessa Giácomo e Giovanna Antonelli contaram sobre seus personagens, fizeram associações com suas vidas reais, sendo muito mais um bate-papo do que uma coletiva.
Bem melhor assim!!
Série exclusiva Globoplay, ‘Filhas de Eva’ estreia em um dia que tem tudo a ver com a obra: 08 de março, Dia Internacional da Mulher e alguns assuntos do momento não ficaram de fora como soronidade e feminismo.
Renata: “Aquilo da sororidade que antigamente não tinha. Eu me lembro que antigamente as mulheres competiam, e hoje não. A gente sabe que só é forte se der as mãos umas às outras”.
Giovanna: “Durante a série, todo mundo começa a se perguntar: quem sou eu? Uma vai despertando a busca da outra. Elas viram parceiras, generosas umas com as outras. A sororidade é um pano de fundo que nos acompanha. A gente tem tanta voz, gritou tão alto, que é um caminho sem volta. Os homens vão ter que aprender”.
A história
“‘Filhas de Eva’ conta a história de três mulheres que estão tentando fugir dos padrões que, de alguma forma, foram impostos a elas.
A Stella (Renata Sorrah), uma mulher que ficou casada por 50 anos, seguiu mais ou menos o que a geração dela faria e um dia rompe com isso. Sua filha, Lívia (Giovanna Antonelli), que já tem uma emancipação profissional, tem uma amarra emocional com o marido.
Até por causa do casamento dos pais que durou tanto tempo, ela tem essa idealização de viver aquele “castelo”, como ela mesma fala. Seu principal conflito é encontrar seu centro emocional e sua força interior.
E tem a Cléo (Vanessa Giácomo), cuja vida social é sua amarra, além das questões familiares, e ela precisa acabar com isso também.
Sem emprego e sempre no aperto, ela mesmo se intitula uma “guia do fundo do poço”, detalha Martha Mendonça, autora.
A trama apresenta os sonhos, os conflitos e os desejos de três mulheres em diferentes fases de vida. Stella (Renata Sorrah), Lívia (Giovanna Antonelli) e Cléo (Vanessa Giácomo) são as protagonistas deste drama leve, com pinceladas de humor cotidiano, que levanta reflexões comuns a todos: ‘se você pudesse, o que gostaria de mudar na sua vida? E o que te impede? Quem está, de fato, disposto e aberto às mudanças?”. “Eu acho que grande parte vai dizer que sim, que quer mudar. Todo mundo quer mudar, mas quem tem coragem?”, provoca a autora Martha Mendonça
Giovanna na coletiva/bate-papo definiu “Filhas de Eva” como um série leve. “A gente quer assistir a coisas leves que a gente se identifique.”
Perguntei a Vanessa Giácomo – Cléo, sua personagem representa muitas mulheres, que entram em uma rotina de sobrevivência e não consegue olhar para si, então, quando é que Cléo “vira a chave’’ para se encontrar e tentar sair desse círculo?
Vanessa Giácomo – “Ela vê a Livia, como uma mulher que tem filhos e representa tudo aquilo que ela gostaria de ser, e quando ela percebe que a Lívia também tem os seus problemas e suas dores assim, parece que cai a ficha. Ela começa a se transformar, e aí começa dentro de casa ela falar o que ela sentia e que estava intalado há anos, falar com mãe, irmão.”
O estopim da história, que fala sobre família, amizade e liberdade, acontece quando, em plena comemoração de bodas de ouro, Stella pede o divórcio ao marido. “Stella inspira algumas pessoas, mas dá medo em outras. E a transformação dessa mulher vai impactando a vida de todos a sua volta”, antecipa o autor Nelito Fernandes.
Giovanna Antonelli: “Eu sou sempre uma pessoa em obras, estou sempre em mudando e sempre afim de mudar. Eu estou com 45 anos, e não sei se quero viver os próximos 45 assim ou de outro jeito. Eu topo tudo, aceito tudo, porque eu tenho certeza de que vai dar certo”.
“ É o relato dos rompimentos dos padrões de cada uma das personagens, a busca pela felicidade, pela liberdade e principalmente da solidariedade entre as mulheres, que é a sororidade. Aos poucos elas vão se entendendo, e entendendo que elas precisam se ajudar, mesmo pensando de forma diferente”, complementa a autora.
A série tem autoria de Adriana Falcão, Jô Abdu, Martha Mendonça e Nelito Fernandes e direção artística de Leonardo Nogueira.
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