Quem aqui já não quis sentar num bar e tomar uma com o Ari? Ele certamente deve ser uma das melhores companhias que a humanidade já produziu ao longo de sua história desde o primeiro ser humano. E certamente quem leu já deve ter visto nas redes sociais o Sr. Excelentíssimo Ariano Suassuna contanto suas histórias de suas experiências com a própria humanidade. Humanidade? Sim, as pessoas normais como eu, você, seu vizinho, etc. Continue conosco nessa matéria para saber mais sobre O Auto da Boa Mentira!
Já deu pra perceber como Ariano Suassuna é um ícone que eu admiro, não é? Eu fico impressionado com o nível de bom humor que esse ser humano tem pra contar as pelejas da vida.
Não importa se é uma pessoa indesejável ou amável, Ari vai ter um humor bem carinhoso e ao mesmo tempo com uma crítica super refinada pra tratar de assuntos, desde os mais sutis aos mais escabrosos.
Eis então que galera se juntou pra pegar esses depoimentos dele espalhados por aí na interneta e fazer um apanhado de esquetes – 4, mais precisamente – ilustrando essas histórias. E ademais, o elenco é também espetacular. Atores como Renato Goés, Cássia Kis, Leandro Hassum, Nanda Costa, Jesuíta Barbosa e Luís Miranda.
O Auto da Boa Mentira é dirigido por José Eduardo Belmonte, nos conta quatro histórias criadas a partir de frases do poeta e todas abordam aspectos da mentira e suas consequências.
A primeira história é de Helder (Leandro Hassum) um funcionário de Relações Humanas que em uma convenção de sua empresa em um hotel luxuoso, mas de repente as pessoas começam a confundi-lo com um artista famoso de stand-up e, apesar de receoso no começo, acaba se aproveita disso, principalmente depois de conhecer Caetana (Nanda Costa).
A segunda história é de Fabiano (Renato Góes). Um rapaz que descobre que a mãe (Cassia Kis) mentiu sobre seu pai, que na verdade seria Palhaço Romeu (Jackson Antunes)
A terceira é tipicamente carioca. Pierce (Chris Mason), vive no Rio de Janeiro mas tem nacionalidade inglêsa. Por preguiça, não foi na festa de Zeca (Serjão Loroza) e ao invés de dizer a verdade conta que foi assaltado. Porém, essa mentira acaba chegando aos ouvidos do dono do morro (Jesuíta Barbosa)
E por último, em uma confraternização de Natal de uma startup bem sucedida, a estagiária Lorena (Cacá Ottoni) bebe um pouco mais e toma coragem pra dizer umas boas verdade aos seus colegas de trabalho.
Gostaria de ressaltar que Cassia Kis, com todo seu potencial artístico faz muito bem o mistério da personagem e a história do palhaço é bem original.
Sérgio Lorosa é um artista em natura, muito orgânico na cena, e a última esquete, que trás a ideia das pessoas divididas em quem foi a Disney, é um doce fechamento pro filme inteiro.
Eu esperava algo mais como O Alto da Compadecida em termos de finesa de roteiro. Não acho que conseguiram reproduzir o delicado humor que encontramos lá, mas os roteiristas diluíram essa característica com diferentes abordagens.
Mas são esquetes bem feitas, cada um a seu modo, e sem entrar no mérito suassuanístico das narrativas, é uma bela obra de homenagem a esse maravilhoso poeta da gente.
Não deixe de assistir O Auto da Boa Mentira. E não esqueça de ler alguma outra crítica de nosso site!
Veja o trailer:
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