Mate ou Morra é um filme de Joe Carnahan: um produtor, diretor e ator que gosta de filmes de ação. Sua direção mais bem sucedida foi “Esquadrão Classe A”, um remake de uma obra famosa da década de 80. Assista o trailer aqui. Com mais um pouco de pesquisa sobre o diretor, dá pra gente ver o que dá pra esperar.
O longa já começa de cara com uma cena de ação cheia de eventos sincronizados. Dia amanhecendo em um apartamento, Roy Pulver (Frank Grillo) escapa de um golpe de facão na cabeceira de sua cama, e já bem machucado, sai da cama chutando seu agressor enquanto a bela moça que estava do seu lado dele foge em desespero.
Logo um helicóptero está subindo furtivamente pelas janelas de seu loft, e um cara com uma metralhadora está atirando através das janelas. Roy pula para fora de seu prédio e cai em um caminhão de areia que passa por ali. Um pulo da caçamba e logo já está dentro de um conversível que acabou de pegar de um pobre ricaço que passava por lá.
Como se fosse uma história em quadrinhos, Roy vai narrando a história pra gente dizendo que essa série de acontecimentos está acontecendo com ele toda vez que ele acorda naquele dia, e continua até que um dos bandidos que o persegue consegue matá-lo por motivos que nem ele sabe. E tudo começa de novo.
Como podem ver, estamos diante de um daqueles filmes que exploram a ideia do loop temporal. O primeiro que vi assim data da minha infância, Feitiço do Tempo de 1993, que contava com ninguém mais ninguém menos do que Bill Murray como protagonista. Como essa ideia parecia original e inédita naquela época! Se você se lembrou de mais algum filme, comenta aí com a gente!
Mas como toda coisa que se faz igual, a gente aumenta um ponto, em Mate ou Morra, existe um enfeite de gamificação bem marcante. Desde o início a história é marcada pelo número de tentativas que Roy tem ao tentar sobreviver e solucionar os mistérios. E além disso, cada vez que a história segue a diante, ele enfrenta um adversário mais difícil.
Não por acaso o filme em inglês se chama “Boss Level”, o próprio Roy diz em sua narrativa: “É como estar preso em um videogame em um nível que você não pode superar”. Inclusive, seu personagem é mais debochado do que preocupado em salvar o dia.
A história fica um pouco mais séria quando ele para de tentar passar de fase e decide ir procurar saber quem é seu filho, e o cenário desse encontro é justamente uma competição de jogos da década de 90.
Em resumo, Roy fica bom em tudo que ele precisa pra ir lá finalmente resolver o mistério e as respostas estão com sua ex-esposa (Naomi Watts), que é uma cientista que trabalha para uma sombria megacorporação supervisionada por um pretensioso déspota (Mel Gibson). Por lá eles tem uma máquina que pode alterar a ordem de existência da humanidade.
Mate ou Morra tem um ritmo rápido e concentrado de ação vertiginosa, mas a participação de Naomi + Gibson (este como vilão), não melhoram muito o resultado final em termos de sofisticação narrativa. Frank Grillo com certeza rouba a cena com suas piadas enlatadas e às vezes um pouco além do tom.
Mas se a ideia é se divertir com um filme bem agitado, bastante efeitos especiais e explosões (repetidas em vários ângulos), pode assistir que vai gostar.
Leia também o primeiro artigo da nossa nova parceira do cinema aqui do site, Pabline Furst com seu artigo sobre Alice Braga.
Diretor: Joe Carnahan
Frank Grillo (Roy Pulver)
Mel Gibson (Col. Clive Ventor)
Naomi Watts (Jemma Wells)
Annabelle Wallis (Alice)
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