The Batman, o novo fenômeno dos super-heróis, chegou para revolucionar os demais filmes do nosso herói mascarado.
Faz quase dez anos desde que o personagem Batman fez sua última aparição, com Christian Bale no protagonismo. Christopher Nolan, na direção e Hans Zimmer na trilha sonora.
“O Cavaleiro das Trevas Ressurge” trazia para os cinemas um Batman aclamado, que manteve seu legado até o anúncio de uma sequência em planejamento com Robert Pattinson assumindo o papel principal.
Agora, dirigido por Matt Reeves (“Planeta dos Macacos” e “Cloverfield“) e com Zoë Kravitz dando a vida a uma nova mulher gato, o Batman retorna com muitos desafios e uma pegada até então inédita.
A CONEXÃO DE JOKER E BATMAN
É inegável o impacto de “Joker“, de Joaquin Phoenix, para o tom desse filme. Muito mais sombrio, violento e psicológico.
Muito próximo ao tom do próprio filme de “Joker“, que foi intenso, sobrecarregado de críticas sociais, provocou muitas discussões, reflexões e polêmicas (algumas anacrónicas ao ensejo do filme).
Poderíamos enxergar como um “abre-alas”, que proporciona dois personagens fortes cada qual dentro do seu cenário e contexto, como se um tivesse entrelaçado ao outro dentro das entre-linhas, por razões muito aquém do óbvio.
A ESCALAÇÃO DE PATTINSON PARA BATMAN
A escalação de Pattinson no protagonismo começou a levantar polêmicas. Isso porque, inicialmente, Robert foge dos padrões apresentados pelos atores que deram vida ao homem-morcego em seus filmes anteriores.
A imagem tão conhecida por todos e amada pelos fãs, é agora revisitada pelo ator que ficou mundialmente famoso por um filme completamente diferente. Crepúsculo. E agora?!
A resposta é simples: vá para o cinema.
BATMAN, A SURPREENDENTE ATUAÇÃO DE PATTINSON
O filme é impressionante. O Batman de Pattinson é interpretado brilhantemente, e é possível encontrar diversas camadas na frente e por trás da máscara.
Enquanto o traje sem dúvida dá o aspecto de força e imponência requerido pelo personagem, aqui não temos o caso de uma atuação carregada por uma fantasia e maquiagem.
Embora os truques do cinema atenuem tudo o que Pattinson carrega, o ator não se deixa ser levado pelos aparatos, marcando sua presença.
A PERSONALIDADE DE BATMAN
A personalidade dúbia do personagem é muito bem representada: enquanto Bruce Wayne é um rapaz inseguro, esguio e cabisbaixo, aparentando estar sempre refém do próprio passado; Batman sai das sombras (de dentro de Bruce), para marcar suas aparições e enfrentar os desafios que Gotham (inspirada fortemente por Nova York, mas composta por mais de seis locações diferentes, incluindo Londres e os estúdios da Warner) o impõe.
E, em relação a esses, também, não saímos do cinema insatisfeitos.
O RITMO ENVOLVENTE DO FILME
Com quase três horas de duração, as sequências de ação são de tirar o fôlego.
É como se nos últimos dez anos em que não víamos um novo filme do Batman, cada cena estivesse sendo meticulosamente planejada para trazer o personagem de volta em grandíssimo estilo.
É impossível ficar entediado, mesmo enquanto o filme alterna entre gêneros, indo do thriller para o drama, com pitadas de romance e muita, muita ação.
O BRILHANTISMO DE ZOË KRAVITZ
Zoë Kravitz também é responsável por cenas incríveis, e toda aparição da Mulher Gato é um vislumbre proposto por ela.
A personagem parece ter sido feita para ser interpretada por Kravitz. Seja no olhar, na gesticulação, na fala ou por toda presença de espírito e genialidade.
E, é incrível o poder que ela sustenta em cena, mesmo dividindo com outros figurões do cinema, e o próprio Pattinson.
O HYPE DE BATMAN
Quem tinha alguma dúvida se o filme estaria à altura do hype, especialmente por seus novos protagonistas, provavelmente sairá do cinema chocado e satisfeito.
Esse filme não só traz algumas das melhores cenas de ação dos últimos anos, mas ainda compõe as cenas com beleza e estilismo para fã, nenhum, colocar defeito.
Prepare-se para encontrar visuais memoráveis e que vão deixar um “uau” ecoando na sua cabeça.
Embora recomendado para maiores de 14 anos, as cenas são bem compostas e a construção de tensão e do clima thriller aqui são bem marcadas.
Em alguns momentos, o filme me lembrou alguns elementos clássicos vistos em “Jogos Mortais” e até mesmo “Anjos e Demônios” – em seu tom, suas perseguições e armadilhas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE BATMAN
Sem dúvidas Matt Reeves entrega um dos filmes mais maduros e completos do gênero, não apenas nos dando uma narrativa coesa, cativante e muito bem executada em suas quase 3h. Mas, nos deixando à beira dos assentos em cada minuto, em que ninguém quis sair da sala de cinema enquanto não fosse mais que seguro sem perder uma cena pós-créditos.
Nem a vontade de correr para o banheiro após tanto tempo fez a sala se levantar – não sei se apenas na expectativa de mais algumas cenas, ou na esperança que o próximo filme já começasse e nos levasse de volta para a suja, corrupta e perigosa Gotham – desde que nos encontrássemos de novo com nossos atraentes personagens ali.
Crítica por: Augusto Alvarenga
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