Chamas da Vingança, ou como o nome original sugere: “Incendiária”, é uma tentativa de remissão e compreensão dos porquês de um anti-herói. Entretanto, não chega com o resultado estimado.
Os vilões e heróis de Stepen King são bem delineados a seu modo clássico de escrita. De vilões inescrupulosos e mesquinhos que mantêm-se pavorosamente assustadores, a heróis e ou mocinhos que estão nesta qualidade de “corda-bamba”.
A grande questão é, até que ponto a tentativa de originalidade do roteirista e, até mesmo do diretor, ajudou ou afundou o longa?!
CHAMAS DA VINGANÇA SINOPSE
O longa traz a história de uma garota com poderes pirocinéticos extraordinários, que luta para proteger a si mesma e à sua família de forças sinistras que buscam capturá-los e controlar seus poderes.
Por mais de uma década, os pais Andy (Zac Efron – “O Rei do Show”) e Vicky (Sydney Lemmon – “Succession”) estão fugindo desesperados para esconder sua filha Charlie (Ryan Kiera Armstrong – “A Guerra do Amanhã”) de uma agência federal sombria que quer aproveitar seu dom sem precedentes para criar fogo em uma arma de destruição em massa.
Andy ensinou Charlie como desarmar seu poder, que é desencadeado pela raiva ou pela dor. Mas quando Charlie faz 11 anos, o fogo fica cada vez mais difícil de se controlar. Depois que um incidente revela a localização da família, um agente misterioso (Michael Greyeyes) é enviado para caçar a família e capturar Charlie de uma vez por todas.
CHAMAS DA VINGANÇA IMPRESSÕES
Chamas da Vingança já fora adaptado para o cinema anteriormente. O romance de Stepen King saira do papel para as telonas, pela primeira vez em 1984. Cuja protagonista da trama foi vivida por Drew Barrymore.
À época, a pequena atriz soube de forma brilhante, como lidar com as nuances da trama, carregada de temas subliminares, sobrenaturais. Proporcionando aos expectadores uma Charlie muito mais envolta com seus poderes e a novidade que ele lhe trazia.
Não que Ryan Kiera tenha falhado em sua missão, que também foi super bem em seu papel conseguindo imprimir o desejo de moralização que o roteiro emprega em grande parte de sua adaptação.
Ficou nítido que a intenção é afastar as ações da Charlie de uma alog puramente devasso e horripilante, que no fim, não passa disto. Ainda que a intenção de Scott Teems fosse boa, em tentar humanizar as escolhas de Charlie, no montante final, não funcionou assim de forma fidedigna e original.
Pode ser, entretanto, que fora a falta de tempo em desenvolver melhor o longa, que proporcionou essa desconexão, ou melhor dizendo, essa ausência de harmonização dentro da narrativa ao desdobramento do filme.
Outra peculiaridade, podemos assim dizer, é o fato de não terem explorado devidamente a presença da atriz Gloria Reuben alocando-a em um papel de pouca pertinência e falas desconexas. Apesar ter tudo para ser uma vilã ao estilo narrativo da literatura de King , não teve tempo de explorar com mestria seu espaço e papel.
Sabe o que é mais irônico? Ao meu julgar, foi o ponto mais atrativo da narrativa, ainda que de forma um pouco decadente, é não. A culpa não é da atriz, é da maneira como fora conduzida a direção, honestamente.
O ponto fulcral do filme, e aqui vem um SPOILER é o confronto entre antagonista e protagonista, clímax violento que coloca em dúvida o que será do futuro de Charlie, o que suas escolhas trazem de positivo ou negativo e até que ponto elas podem levar a garota. Naturalmente, fica uma interrogação que nos levará a, possíveis, outros longas.
Ademais, poucos elogios tenho a fazer, até pela falta de cuidado com a edição de cenas, os efeitos especiais que ficaram a desejar, a trilha sonora totalmente óbvia e pouco explorada, as coreografias de luta que são empobrecidas e os diálogos à desejar. Que se desenvolve de forma rasa.
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