Na última semana, dos dias 04 a 07 de julho de 2022, aconteceu a Semana de Moda de Alta Costura, com direito a 29 desfiles de marcas que participam da Fédération de la Haute Couture et de la Mode (Federação da Alta Costura e da Moda), em Paris. A Alta-Costura é um universo bem fechado, com regras definidas e com fama de riqueza e inacessibilidade, mas de muita beleza e maestria. Marcas como, Jean Paul Gaultier, Balenciaga e Maison Margiela.
são destaques da semana.
Então, quer saber mais? Confira nossa matéria para ficar por dentro.
Nesse terceiro dia de evento, foram apresentadas coleções ousadas e impactantes. A marca mais aguardada do dia , com certeza foi a Balenciaga, porém Jean Paul Gaultier, sob a óptica do diretor criativo convidado Olivier Rousteing (Balmain) entregou conceito, criatividade, técnica e beleza, assim como Balenciaga, sendo os dois, o destaque do dia.
Nessa matéria, separamos os principais detalhes e análises das coleções apresentadas. Então quer saber mais? Fique conosco que te atualizaremos sobre tudo.
Balenciaga
A Casa de Moda não possui o selo de Alta Costura pelo fato não cumprir todas as regras, mas isso não a impossibilitou de participar da Semana de Alta Costura. Demna sempre traz em seus trabalhos uma moda vanguardista, futurista e funcional. E nessa edição, o diretor criativo, trouxe o conceito “Avatar”. Em meio a atual realidade que mescla real com virtual, ele faz uma crítica ao vazio, das imagens e das relações. Por isso, as primeiras propostas apresentadas são em um tom de preto, simbolizando a ausência de reconhecimento de cor no metaverso, como também cos capacetes, anulando a importância da identificação do indivíduo. Outro ponto levantado pela marca foi o tempo, presente nos acessórios que eram compostos por relógios, aprofundando na relevância em focar no presente e deixar o passado e o futuro. E para finalizar a narrativa, alguns rostos aparecem, na maioria de celebridades, fazendo essa relação entre o virtual e o real. Além disso, o pesado vestido de noiva Balenciaga, repleto de flores prateadas bordadas e com inúmeras camadas de tecidos dando volume (silhueta bolo), resgatando o conceito da Alta-Costura e criticando a questão da beleza e suas extremidades nesse mundo real.
Destaque para: ombros delineados, brilho, jeans, couro, volume (silhueta bolo) e prata.
Jean Paul Gaultier
Desde a aposentadoria do Jean Paul Gaultier da sua Maison, que possui o respectivo nome, diversos estilistas são convidados a cada temporada para apresentar uma coleção para a marca e dessa vez, o convidado foi o diretor criativo da Balmain, Olivie Rousteing. Nessa edição, o estilista homenageou o próprio Gaultier, trazendo ícones da marca sob sua visão, como: sutiãs cônicos, corsets, listras de marinheiro e as latas dos perfumes Le Male e Classique. Outro momento que foi destaque da coleção, foram as estruturas que simulavam barrigas grávidas, trazendo uma moda mais divertida a Semana. Ele soube referenciar os melhores momentos da marca com muita autenticidade, sensualidade, harmonia, modernidade e personalidade.
Destaque para: ombros marcados, streetwear, risca de giz feito com brilho, jeans, efeito látex, detalhes assimétricos, recortes e esculturas.
Maison Margiela
O teatro de terror de John Galliano. O diretor criativo da Maison Margiela, seguiu a linha que vem apresentando nos últimos desfiles da marca, o terror de forma teatral. No Théâtre National de Chaillot, em Paris, a companhia Imitating the Dog simulou o espetáculo “Cinema Inferno”, tema da coleção, uma mistura de amor, terror e sonho. Visual faroeste, com muito brilho, refletindo o glamour e a beleza das peças. Além disso, percebe-se uma desconstrução bem aplicada da alfaiataria, como também, às mulheres, nota-se vestidos bufantes de tule, caracterizando um “baile de terror”.
Destaque para: tule e a estética faroeste/ cowboy.
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