O longa nacional, Predestinado, dirigido por Gustavo Fernández, conta a história do médium mineiro José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, interpretado pelo ator mineiro Danton Mello, chegou este mês aos cinemas.
História contada na cidade de Congonhas, Minas Gerais, onde Zé Arigó nasceu e foi criado.
No início na década de 50, quando ainda o espiritismo não era tão difundido no Brasil, Zé Arigó incorporava o espírito do médico alemão, Adolph Fritzum, que havia desencarnado durante a Primeira Guerra Mundial.
O filme mostra o lado Arigó, dos dilemas pessoais enfrentados por ele para aceitar a mediunidade, e as dificuldades ao longo de sua vida por aceitar essa missão.
Tivemos uma pré-estreia aqui em Belo Horizonte, e tive a oportunidade de conversar com o ator Danton Melo sobre seu personagem.
Entrevista com Danton Mello – Predestinado
Olá, Dalton, prazer em falar com você! E já vamos emendar a nossa primeira pergunta qual a sua religião?
Olha, hoje eu digo que eu estou em busca de conhecimento de espiritualidade e eu como venho de uma família mineira então, minha família é católica. E ao longo da minha vida eu fui me afastando, eu me tornei ateu. E depois desse convite para contar uma história como essa do Arigó, não tem como sair dela da maneira que entre. Foi um mergulho e eu mergulhei na história dele na espiritualidade. É um filme que mexeu muito comigo então assim, hoje eu estou em busca, mas já me sinto bem mais confortável e mais fortalecido.
Como foi interpretar ora Arigó, ora doutor Fritz?
Foi um desafio incrível! Assim, porque já é um personagem muito complexo, um homem que sofreu para aceitar a sua mediunidade, um homem com muitos questionamentos. Ele não era muito católico e além disso, ainda tem o Dr.Fritz, então, foi uma preparação muito difícil, mas uma parceria muito grande com Gustavo Fernandes, nosso diretor, a gente fez um trabalho de expressão corporal, facial, de voz, muita leitura, muito trabalho de pesquisa para ficar realmente claro que são 2 personagens, e na verdade são 2 personagens.
Eu tive muito contato com os filhos. Estudei muito o personagem conversando com os filhos, né? Eles falavam “que assim que papai quando incorporavam Fritz, Sai de Baixo”, que era uma força, era uma coisa ríspida. Eu tive acesso a muitas imagens, decidi ficar muito claro realmente essas 2 figuras. E eu estou muito feliz com o resultado, assim eu acho nas prés que a gente tem feito se vê eu o público tem gostado bastante, tem curtido.
E agora, mais um personagem mineiro?
Primeiro, viver esse homem tão iluminado, eu acho que ele teve a missão dele e é praticando o bem, o amor, ajudando tanta gente. Eu tive essa minha missão, com uma missão do tipo de eternizar a história dele no cinema. Agora sua história vai ficar para eternidade. Eu me entreguei, mergulhei, me emocionei, provocou tudo em mim, eu fui a fundo.
Completando sua resposta, você interpretar um personagem real acho é um pouco mais complicado que um personagem fictício?
Exatamente! Um personagem fictício, criamos da nossa cabeça. Eu tive acesso a algumas imagem dele, conversei com os filhos, eu sentia que tinha que ser o mais fiel possível, a gente também teve a liberdade para criar, mas assim tinha que ser o mais o mais fiel possível, e ele merece! Você vai assistir daqui a pouco, o filme está grandioso! Está altura dele, altura de Minas Gerais. O Gustavo Fernandes é muito talentoso então, tinha uma equipe incrível então, eu espero que Minas Gerais prestigie nosso cinema e a história desse homem maravilhoso.
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