Antes de tudo, ao assistir O Chamado 4, é preciso ter em mente que o longa não é uma continuação dos filmes americanos que eram motivo de arrepios e “trotes” telefônicos nos anos 2000. Dessa vez, quem está por trás de Samara é a Sadako. Isso porque o filme faz parte da franquia japonesa (equivalente) Ringu, sendo este o nono filme da sequência.
É provável que no Brasil o filme tenha ganhado o nome de O Chamado 4 como estratégia para atrair a atenção do público e fãs do terror, nostálgicos pela sensação que era assistir a fita VHS e ter uma possível visita da Samara em 7 dias. Mas não se enganem, o longa chega a beirar o cômico em várias escolhas de roteiro e o terror é deixado bastante de lado (Okay, eu pude contar uns 2 jumps scare no filme todo).
A história se desenvolve em torno de uma estudante acima da média, com um QI de 200, que é convidada a um programa de TV para debater a lenda urbana acerca do vídeo da Samara/Sadako. Várias pessoas passaram a morrer depois que o vídeo começou a circular na deep web e Ayaka Ichijo é cética ao fato de que o vídeo seja realmente a causa das mortes. Por outro lado, um mestre espiritual, presente no mesmo programa, acredita veemente no mal por trás da lenda urbana. Como consequência do debate, as rede sociais se dividem entre a opinião dos dois, e Ayaka se ver obrigada a desvendar os mistérios da fita VHS.
O longa inova ao incorporar elementos como redes sociais, vídeos virais, utilização de filtros e criar um cenário mais crítico para se livrar da maldição, já que agora a Samara/Sadako passa a fazer suas vítimas dentro de 24 horas. Porém, ainda assim, fica a sensação de que pouca coisa faz sentido na história.
O Chamado 4 é um filme difícil de assistir, mas não é ruim de tudo. Ele deve atender principalmente aqueles que curtem obras de terror asiático. Pode ser que o público brasileiro se fruste tanto com o fato de não ser uma continuação dos filmes americanos como com a estética do filme. Para entender melhor o que eu quero dizer, aconselho a conferir o longa, por vontade própria, dia 27/04 (quinta-feira), nos cinemas de todo o Brasil.
Critica feita por Pedro Henrique
@pedrohenririque
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