Jorge da Capadócia traz a jornada de honra e fé de um dos santos mais amados do Brasil.
Em uma produção megalomaníaca que trouxe a pompa de toda potência da direção de Alexandre Machafer, a produção promete muita ação e emoção.
São Jorge, Jorge da Capadócia é um dos santos que mais se destaque entre as produções artísticas do nosso país.
Seja nas prosas, nos versos de um poema, de uma oração de um samba. Independe do credo ou da ausência dele, não tem como não conhecer esta figura.
JORGE DA CAPADÓCIA – SINOPSE
Jorge da Capadócia, chega às telonas com uma trama que acompanha o herói do povo, após ter vencido mais uma batalha.
Condecorado como novo capitão do exército, Jorge (Alexander Machafer) agora se vê diante de seu maior desafio: ser fiel à sua fé ou sucumbir às ordens do imperador Diocleciano (Roberto Bomtempo).
CURIOSIDADE:
O filme realizou suas filmagens em 2019, porém, levou anos para ser lançado no cinema, devido aos desafios que se sucederam com a Pandemia e a parte técnica.
A produção também foi transformada em um livro: “Jorge da Capadócia: os bastidores do primeiro filme sobre o santo guerreiro”. Com uma edição em português já disponível, agora o livro será lançado no idioma turco. A obra foi escrita por Alexandre Machafer e Crib Tanaka.
JORGE DA CAPADÓCIA – DESDOBRAMENTO DO ENREDO
O filme se desdobra iniciando a vida de Jorge da Capadócia enquanto um dos mais notórios guerreiro do exército de Diocleciano em uma batalha.
O que já nos demonstra o esforço pela produção de cenas épicas de batalhas, que pouco são realizadas no cinema nacional. Gravado no Rio de Janeiro e Turquia, as transições são excelentes e a direção de Machafer é muito bem executada.
Jorge é condecorado como capitão da guarda, recebendo como missão caçar os praticantes da nova religião e recolher suas manifestações de culto ao novo Deus.
Um ditador que apenas vê como possibilidade de culto ao paganismo, Diocleciano trava uma batalha civil contra seu próprio povo e, diretamente, contra muitos de seus guerreiros, que são os novos adeptos desta religiosidade e não concordam com a caça desnecessária e doentia.
PONTOS FORTES
Ao princípio do filme, a gente tem um banho de excelente fotografia com uma locação e explosão de cenas que nos atrai o olhar e mantém.
Levando-nos a nomear dois grandes destaques para a produção, o que eleva a um outro nível os filmes nacionais, ponto para Alexandre Machafer!
O primeiro destaque é o grande investimento feito principalmente na pós-produção, evidente nas cenas do voo do dragão e da luta de Jorge com ele. O que lembra produções internacionais como ‘Game of Thrones’, uma mescla de épico na guerra e épico religioso.
O segundo destaque fica a cargo dos detalhes que foram utilizados com muita precisão e cuidado em relação à reprodução fidedigna dos cenários e figurinos de época, impecáveis, perfeitos, a produção de arte foi precisa! Merecendo prêmios por isto.
PONTOS FRACOS
Apesar do investimento na produção e o incrível trabalho realizado na pós-produção, o desejo em uma crescente que fosse de destaque e tirasse o filme de “só mais uma produção nacional religiosa”, acabou sendo, também, seu ponto fraco.
Os vícios que são intrínsecos ao sub-gênero de filmes religiosos, acabam por se mostrar aqui, também, talvez por isso faz com que as quase duas horas de filme, acabe ficando um pouco desinteressante ao seu findar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em certa medida, mostra-se totalmente superior e bem executado se comparado às prouções de filmes e novelas da RECORD. Digo isso, porque em um momento assemelhou-se bastante, do meu ponto de vista, claro.
Mas ressalto que o trabalho de Machafer foi brilhantemente executado, dividindo-se na produção, direção e atuação! Sua valorização é necessária, porque o orçamento não teve qualquer incentivo público, o que é uma lástima, uma vez que eleva as produções nacionais (como mecionei acima).
Para quem está demasiado curioso para assistir ao filme, ele chega aos cinemas esta semana e promete uma história emocionante.
Faço votos de um excelente filme e, por favor, valorizem as produções nacionais, elas só podem caminhar e ter boa bilheteria se formos ao cinema prestigiá-las!
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