“Planeta dos Macacos: O Reinado“, é a nova parte desta epopéia e o novo filme faz jus a franquia, entregando um filmaço aos fãs!
Para os pessimistas de plantão, é uma decepção saber que o filme deu certo.
Com um elenco bem envolvido, em sintonia, carismático, uma locação inteligente e a pós produção irretocável; o filme faz jus aos seus antecessores e entrega uma obra muito bem feita.
CONTEXTUALIZANDO
A estréia desta nova fase se mostrou potente, trazendo elementos de uma história que se passa 300 anos após “A Guerra”.
Rememorando um pouco do contexto, Cesar (Andy Serkis) se sacrificou para que os macacos pudessem ter um lugar para viver em paz após os eventos de “A guerra“.
Com isso, várias aldeias foram se dividindo em clãs, onde alguns nunca tinham ouvido falar de Cesar ou dos humanos.
No local, onde houve essa grande guerra, ergueu-se uma aldeia, onde vive o Clã Águia, símios pacíficos que se mantém isolados do resto mundo e dos humanos restantes (que eles chamam de “Ecos”).
O clã desconhece a verdadeira história, seus anciãos criaram suas próprias regras, que eles chama de Lei e sua própria narrativa. Eles, na verdade, não fazem ideia de quem foi Cesar e de sua importância.
Noa (Owen Teague), jovem protagonista é o único que terá um primeiro contato com toda essa história, quando sua jornada se inicia.
Jornada essa que só vem a acontecer, porque a pacífica aldeia é invadida por Gorilas, soldados de um tirano que se nomeia o novo Cesar (Kevin Durland).
Os habitantes do Clã das Águias, são levados como escravos. Noa parte em busca de recuperar seu povo e lhes trazer de volta para casa.
No trajeto, faz amizade com o orangotango Raka (Peter Macon), que revela para o jovem as verdadeiras histórias do passado. E este é o primeiro contato com a verdade que Noa terá.
A dupla, inusitada, acaba aceitando que Mae (Freya Allan), uma humana, se junte eles no caminho para o local onde os seus foram levados.
Aos poucos, Noa e Raka percebem que Mae também é cobiçada pelo vilão e pode ser essencial tanto para os planos de dominação do déspota quanto também para a liberdade do povo escravizado.
A reviravolta que a história nos reserva, no entanto, causa um frison e até uma certa raiva. Será que tudo será vivenciado novamente?! Será que a raça humana nunca aprende?! Porque tão presunçosos os humanos são?!
PLANETA DOS MACACOS O REINADO – PRODUÇÃO
É aqui que o filme entrega tudo de si. Muito embora não tenha a profundidade reflexiva que os demais filmes da franquia têm, a produção deste longa está irretocável!
As cenas de ação são uma constante palpitação em nossos corações, ficamos atentos do início ao fim, sem darmos conta de como o filme já passou e a história já desenrolou.
É um desejo incessante de saber “e agora, o que vai acontecer?”. Trazer a atenção do público para o aqui e o agora do filme, é genial. Porque é exatamente aqui que eles nos ganha.
E tudo bem, talvez não precise ter tanta essência filosófica neste primeiro momento, porque estes novos primatas, estes novos símios, estão começando a conhecer o mundo e entender o quão o passado foi importante para este presente.
Nós, expectadores, conseguimos refletir sobre as entrelinhas que o filme entrega, são estas entrelinhas que, possivelmente, irão pautar os futuros longas.
PLANETA DOS MACACOS O REINADO – EFEITOS ESPECIAIS
Quando se trata de efeitos especiais, sabemos que a teologia anterior não deixava a desejar e sempre nos surpreendida.
Mas aqui, com essa nova fase, este primeiro filme (que também é o quarto filme na franquia), é surreal! Os efeitos especiais são como uma enxurrada que nos atravessa os olhos e os sentidos, fazendo-nos duvidar que tudo seja computação gráfica.
Em determinados momentos, não sabemos o que é real ou não, de tão perfeito e fidedigno. Há uma dedicação insana da turma que editou e principalmente do diretor.
Wes Ball (Maze Runner) vem com tudo, sua maturidade profissional o eleva a um patamar, que só nos cabe ovacionar seu trabalho do início ao fim.
Logicamente o elenco é parte crucial para que dê tudo tão certo, Proximus Cesar é tão chocantemente interpretado e trabalhado que a gente acredita que ele é real.
Alguns demais símios deixam a gente boca aberta, os mínimos detalhes, a textura da pele, as expressões faciais, as presas, os machucados, as cicatrizes, os gestos, tudo! Absolutamente tudo, é de se espantar pela qualidade.
Quando a câmera dá um close e outro em alguns personagens em determinados momentos da trama, a gente fica embasbacado, não tem defeitos, é inenarrável!
Certamente, mantendo esse peso positivo nos efeitos especiais com essa qualidade insuperável, “Planeta Dos Macacos O Reinado” ganha nome e espaço! Sendo um baita número de largada.
CONCLUSÃO
Todos os personagens símios parecem mesmo serem animais verdadeiros, com uma riqueza de detalhes impressionante e, só por isso, já vale a pena nosso ingresso e nosso tempo.
Ademais, os atores e atrizes que estão presentes no longa, fazem seu nome, todos constroem muito bem seus personagens. Há uma sintonia positiva entre a equipe o que eleva o grau do filme.
O roteiro não peca em se prender a alguns maniqueísmos que caem naquela mesmice chata, muito pelo contrário.Há uma originalidade na trama, diferente dos filmes anteriores que entrega muita cena dramática, aqui, o foco é a luta a jornada, o descobrir deste novo mundo. Mostrar que tem mais coisas por aí.
E não é ruim, do meu ponto de vista, que haja poucas cenas apronfudadas neste momento de drama, porque a pegada e ideia do filme vai pra um outro lugar e entrega muito bem o que se compromete a fazer.
Como um pontapé para uma nova fase, “Planeta Dos Macacos O Reinado”, estreia com maestria e vale a pena nosso tempo, vale a pena se prender a cadeira do cinema com aquela atenção e ansiedade pela próxima cena.
LEIA TAMBÉM
Obrigada pelo seu comentário! :-)