O legado deixado por Barbe-Nicole, A Viúva Clicquout, que revolucionou a história do Champagne, criou um imprério e lutou por aquilo que acreditava sendo uma grande persona afrente de sua época.
“A Viúva Clicquot – A Mulher que Formou um Império”, dirigido pelo talentoso Thomas Napper, estreia nesta quinta-feira, 22 de agosto, nos cinemas brasileiros, e promete encantar os espectadores com a fascinante história de uma lenda francesa.
Este filme, falado em inglês e estrelado por renomados atores anglo-saxões, mergulha na vida de Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot, uma das figuras mais emblemáticas da indústria do champagne.
Para os fãs de cinebiografias como “Piaf”, que consagrou Marion Cotillard com um Oscar, ou dos aclamados filmes sobre YSL e Coco Chanel, protagonizados por estrelas francesas, pode ser surpreendente ver a Viúva Clicquot retratada em uma produção de língua inglesa.
No entanto, essa escolha adiciona uma nova perspectiva sobre a história dessa extraordinária mulher que, apesar de ser uma das maiores figuras do vinhedo francês, tem sua jornada contada por meio de uma lente internacional.
A trama se desenrola durante o turbulento período das Guerras Napoleônicas (1803-1815), especialmente na campanha da Rússia, um momento crucial na história de Napoleão.
A narrativa destaca como a invasão da Rússia impactou negativamente a Viúva Clicquot, cujos principais clientes eram da nobreza russa. No entanto, sua astúcia e determinação a ajudaram a superar esses desafios, mantendo o prestígio de seus vinhos e champagnes intacto, mesmo em tempos de crise.
Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot, interpretada com profundidade por Haley Bennett, era uma jovem apaixonada pelos vinhedos, ao lado de seu marido François Clicquot, interpretado por Tom Sturridge.
Após a morte prematura de seu esposo, Clicquot, que morreu jovem, Barbe-Nicole enfrenta enormes desafios para manter a vinícola da família. Determinada e destemida, ela luta contra o sogro e os preconceitos da época, conseguindo preservar e expandir o legado do champagne, apesar das adversidades.
O filme explora de forma envolvente a vida de uma mulher que, mesmo em um cenário dominado por homens e conflitos, conseguiu deixar um marco indelével na indústria do vinho.
A Viúva Clicquot, que faleceu em julho de 1866, era conhecida como “a grande dama do champagne francês” e seu nome ainda é sinônimo de qualidade e sofisticação, com garrafas de seu champagne alcançando preços que variam de R$261,00 a R$4.819,00.
As inovações da Viúva Clicquot, como os métodos de “remuage” e “perlage”, são apresentados com elegância no filme, destacando seu papel como uma verdadeira pioneira na produção do champagne moderno.
O “remuage” refere-se à técnica de remoção das borras de fermentação, enquanto o “perlage” se refere às borbulhas características do champagne, símbolos de sua excelência e apelo.
Embora “A Viúva Clicquot” possa parecer um tanto contido e estilizado, o filme oferece uma visão valiosa sobre a vida de uma mulher extraordinária e o impacto duradouro de suas contribuições.
Mesmo sem o apoio financeiro do Grupo LVMH, a produção mantém um charme sofisticado, voltado para aqueles que apreciam a elegância e a história do champagne.
O filme é uma ode à arte, fotografia, cenário, figurino, trilha sonora e atuação. Se você busca algo para se encantar neste final de semana, vale a pena conferir esta estreia!
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